Ser nobre no Antigo Regime significava usufruir de uma série de privilégios, tais como não pagar impostos, possuir vastas propriedades, receber rendas e prestação de serviços dos camponeses que trabalhavam as terras, receber do rei títulos nobiliárquicos, cargos administrativos, políticos e pensões.
Em Portugal, porém, os privilégios da nobreza vão ser limitados pelo Marquês de Pombal com vista ao reforço do poder do rei. Em 1758, na sequência de um atentado contra o rei D. José, várias famílias nobres, nomeadamente a dos Távoras, foram acusadas e severamente castigadas.
O Marquês de Pombal, ao reformular os órgãos de administração do Estado, afastou também do desempenho de certos cargos os nobres incapazes e criou um colégio em Coimbra para formar uma nobreza preparada para as exigências de um Estado moderno.
Trajados a rigor, os nobres divertiam-se nas touradas, procissões e também nos teatros e nos salões de baile. As habitações e o vestuário serviam para a nobreza se distinguir dos outros estratos sociais.
Em todo este processo de disciplina da nobreza, a burguesia saiu triunfante, uma vez que Pombal promoveu a sua ascensão económica e social. No entanto, houve famílias nobres que, para conseguirem sobreviver, numa altura em que as trocas comerciais eram a actividade mais lucrativa, passaram a dedicar-se ao comércio, actividade tradicionalmente burguesa. Por outro lado, a burguesia ambicionava ter privilégios nobres. Desta forma, houve nobres que também eram mercadores e houve mercadores que obtiveram títulos de nobreza.
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