sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O poder absoluto dos reis


          Entre os séculos XVI e XVIII o clero e a nobreza viram a sua autoridade limitada, na medida em que os reis procuraram concentrar em si todos os poderes políticos – o legislativo, o executivo e o judicial (eram eles que faziam as leis, as mandavam executar e aplicavam a justiça). Por os monarcas deterem um poder total, este regime é designado por monarquia absoluta ou absolutismo régio. Estes monarcas justificavam o seu poder afirmando que fora Deus quem lhes confiara toda a autoridade – era a monarquia de direito divino. Desta forma, só a Deus teriam de prestar contas dos seus actos.
          O poder absoluto dos reis, para além de ser considerado sagrado porque de origem divina, era igualmente um poder paternal. Ou seja, o rei era visto como o pai de todos os súbditos e, por isso, devia governar de forma a atender às necessidades de todos.
          O rei francês Luís XIV, autor da famosa frase “O Estado sou eu” foi o grande exemplo do soberano absoluto, sendo imitado por outros monarcas europeus como o nosso rei D. João V. A grandeza e ostentação com que estes reis se apresentavam era a forma de mostrar era a forma de mostrar a sua superioridade e a força do seu poder.
          Luís XIV escolheu o Sol como emblema. O Sol representava Apolo, deus da paz e das artes da mitologia grega. É também o astro que dá vida. Luís XIV encarnou todos estes atributos. Foi herói guerreiro, que trouxe a paz, protegeu as artes e agraciou os mais variados súbditos.

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