No dia 1 de Novembro de 1755, por volta das 09.30, a terra tremeu e Portugal, destruindo a cidade de Lisboa, assim como outras regiões do Alentejo e do Algarve. Os abalos sísmicos duraram cerca de 8 minutos, seguidos de maremoto. A destruição foi avassaladora, sobretudo na zona baixa e ribeirinha da cidade: entre 17 mil a 20 mil edifícios foram destruídas, assim como 33 palácios e quase 30 igrejas. Cerca de 10 mil lisboetas perderam a vida entre os escombros, as inundações, os incêndios e as pilhagens.
A morte e a destruição tinham-se abatido sobre a cidade de Lisboa. Era urgente remover os escombros e os cadáveres que podiam infestar a cidade.
A solução passou pelo arremesso dos corpos, com pesos nos pés, para as águas profundas do Tejo ou pela sua cobertura com alcatrão, antes de serem queimados.
O Marquês Pombal respondeu prontamente à catástrofe:
· Mandou cuidar dos feridos e enterrar os mortos, para evitar a propagação das doenças;
· Procurou restabelecer a ordem, prendendo os malfeitores que aproveitaram a confusão para atacar e roubar os sobreviventes;
· Iniciou a reconstrução da cidade segundo regras urbanísticas:
o Os engenheiros Manuel da Maia e Eugénio dos Santos e o arquitecto Carlos Mardel projectaram a baixa lisboeta com ruas largas e direitas, paralelas e perpendiculares umas às outras;
o Os edifícios tinham fachadas alinhadas e eram funcionais – o rés-do-chão destinava-se ao comércio e os restantes três pisos à habitação;
o Para resistir a uma nova catástrofe natural os prédios foram construídos sobre uma gaiola anti-sísmica, ou seja, uma armação em madeira que sustentava as vigas. Também tinham protecção anto-fogo, já que foram construídas grossas paredes de pedra entre cada prédio para evitar a propagação das chamas;
o Junto ao rio Tejo, o antigo Terreiro de Paço deu lugar à Praça do Comércio, símbolo da promoção social da burguesia e do próprio poder absoluto do rei D. José I.
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