segunda-feira, 30 de abril de 2012

Preparação para o teste intermédio


1. A HERANÇA DO MEDITERRÂNEO ANTIGO
O mundo romano no apogeu do Império:
O Mediterrâneo romano nos séculos I e II;
Sociedade e poder imperial;
A civilização romana.


Localização geográfica de Roma
Roma situa-se no centro da Península Itálica, nas margens do rio Tibre, banhada pelo mar Tirreno, no Mediterrâneo Ocidental.
  
Lenda da fundação de Roma
         Segundo a lenda, dois gémeos recém-nascidos terão sido encontrados a boiar nas águas do rio Tibre, tendo sido recolhidos e amamentados por uma loba. Algum tempo depois, um pastor recolheu-os, adotou-os e criou-os.
        Rómulo e Remo viriam a fundar Roma sobre o monte Palatino. Mais tarde, durante uma discussão, Rómulo mata Remo e torna-se o primeiro rei de Roma, em 753 a. C. (segundo a tradição). 
 Regimes políticos que Roma conheceu
a Monarquia – desde 753 a. C. 
a República,  - desde 509 a. C
o Império, a partir de 27 a. C.
Factores de integração dos povos dominados no Império:
— o ensino do latim,
— a construção de uma vasta rede de estradas (vias);
— a definição de leis aplicadas em todo o Império;
— a administração do território em províncias e municípios;
— o poder central e forte do imperador, adorado como um deus;
— a divulgação da cultura e dos costumes romanos
— a construção de obras públicas como pontes, termas, aquedutos, templos e circos, que tornavam as cidades conquistadas semelhantes a Roma.
 
Em 212 d.C. - o imperador Caracala concede a cidadania a todos os homens livres do Império através do Édicto De Milão – Esta medida constituiu também, um importante fator de integração, já que contribuiu para pacificar as províncias.
A religião romana 
           Também na religião os Romanos foram profundamente influenciados pelos gregos, adotando os seus deuses, embora dando-lhes nomes latinos. Tal como os Gregos, os Romanos eram politeístas, pois adoravam vários deuses.
           Foram originais ao introduzirem o culto ao imperador.
 
A Cultura Romana
      A cultura romana foi fortemente influenciada pela cultura grega. Por conseguinte, os escritores gregos eram lidos, recitados e imitados, ao mesmo tempo que o grego se tornou na segunda língua dos Romanos.
      No final da República, o orador Cícero atingiu grande reconhecimento. Contudo, foi na época imperial que a literatura atingiu o seu auge. Augusto, juntamente com o seu amigo Mecenas, protegeram e apoiaram grandes escritores, como os poetas líricos, Horácio e Ovídio, assim como Virgílio, o autor da poesia épica Eneida.
No domínio da História, destacou-se Tito Lívio, autor da História Romana.
 
O Direito Romano
As leis romanas destinavam-se ao governo e administração de um imenso território, que abrangia todo o Império. Por isto, tiveram que ser justas e universais, de forma a que se aplicassem a todo o povo.
O Direito Romano constitui um dos principais contributos da Civilização Romana para o Mundo Ocidental, tendo estado na origem da organização jurídica da maior parte dos Estados europeus.
O Urbanismo
O urbanismo romano foi bastante sofisticado, obrigando as populações a seguir determinadas regras. As cidades romanas estavam ligadas entre si por vias e obedeciam a um plano geométrico, com ruas largas, direitas e perpendiculares entre si, de forma a facilitar a circulação. O fórum era o centro da cidade e onde se encontrava a maior parte dos edifícios públicos. Dispunham de vários equipamentos, como aquedutos, esgotos, banhos públicos, arruamentos, teatros, todos dispostos de acordo com um plano preconcebido. Por toda a cidade existiam insulae (casas com vários andares e lojas no rés-do-chão).
Causas da expansão de Roma:
Causas de segurança – Protegiam-se dos povos vizinhos, atacando-os primeiro;
Causas económicas – Desejo de conquistar novos mercados e obter riquezas;
Causas políticas e sociais – ambição dos chefes e o desejo de obter novos cargos e tributos.

Os Romanos expandiram-se para as costas de todo o Mediterrâneo, ficando este mar conhecido como um “lago romano”, a que chamavam Mare Nostrum
      O exército romano foi fundamental nas conquistas devido a ser organizado e disciplinado, permitindo que Roma crescesse e se transformasse no maior império da Antiguidade.
 
      As estradas romanas (vias) permitiram a ligação entre as várias partes do Império, facilitando a circulação do exército, dos comerciantes e dos produtos.

        A economia romana era monetária, pois utilizava a moeda nas suas trocas comerciais; comercial, pois o comércio entre Roma e as províncias era a sua principal atividade económica; urbana, pois o comércio centra-se nas grandes cidades, e esclavagista, já que a sua principal mão-de-obra era escrava.
                    

A sociedade Romana
          Antes das conquistas, a sociedade romana dividia-se em três grupos sociais – patrícios (aristocratas), plebeus (homens livres que se dedicavam ao comércio, artesanato e agricultura) e escravos.
Com as riquezas vindas de todo o Império após as conquistas, a sociedade complexificou-se: No topo da pirâmide social estava o imperador, seguido da ordem senatorial (antigos patrícios); de seguida vinham os cavaleiros ou publicanos (que faziam o grande comércio entre as províncias e o Império); Seguiam-se os libertos – antigos escravos que tinham alcançado a alforria – e os escravos, que não tinham quaisquer direitos e executavam todo o tipo de trabalhos.
Em Roma havia mobilidade social, já que o critério de ascensão social era baseado na fortuna pessoal.


       Os romanos deixaram vários vestígios nas regiões que conquistaram, desde a línguaque deriva do latim – , à alimentação e ao direito. Mas ainda deixaram também estruturas sólidas, como os teatros, os circos, as pontes, os aquedutos, as termas, as estradas e templos.
Cultura romana
Literatura
– Poesia lírica: Horácio e Ovídio.
– Poesia Épica: Virgílio, autor da Eneida.
– Filosofia e Oratória: Cícero.
– História: Tito Lívio.
 Arquitetura
– Influências gregas ao nível dos frontões triangulares, das ordens arquitetónicas, das colunas, dos frisos, da simetria e racionalidade.
– Originalidade na introdução de cúpulas, arcos de volta perfeita e abóbadas de berço.
Urbanismo
– Preocupação na organização e planeamento das cidades, predefinindo a localização das habitações, dos edifícios públicos, das vias de comunicação, etc.
Pintura
– Elemento decorativo da arquitetura, nas paredes (pintura mural).
– Feita a fresco.
– Temas: paisagens, edifícios, cenas históricas e mitológicas.
Mosaicos
– Elemento decorativo da arquitetura, nos pavimentos.
– Temas: composições geométricas e figurativas.
  Explica a importância do exército nas conquistas.

Escultura
– Estatuária (destaque para o retrato) e relevos (altos e baixos-relevos).
– Realismo.
– Temas: política, guerras, quotidiano, mitologia.
Direito
– Criação romana.
– Códigos de leis que regulam a convivência social dos seres humanos.
– Direito Público, Direito Privado, Direito Internacional.
Religião e formas de culto
– Politeísmo.
– Influências da religião grega.
– Deuses imortais.
– Culto imperial.
– Culto público.
– Culto doméstico.
Romanização/ Legados da civilização romana
– Latim e numeração.
– Direito.
– Vias de comunicação (rede de estradas).
– Ruínas de antigas cidades (aquedutos, termas, teatros, pontes, etc.).
– Organização administrativa.
– Agricultura (introdução de novas culturas agrícolas – vinha, oliveira, trigo).
– Indústria (extração mineira, salga, olaria).
 T.P.C.
  1. Localiza geográficamente Roma.
  2. Explica a lenda da fundação de Roma.
  3. Justifica a designação que os Romanos atribuíam ao Mar Mediterrâneo - Mare Nostrum.
  4. Explica a importância do exército nas conquistas.
  5. Indica as causas da expansão de Roma.
  6. Caracteriza a economia romana.
  7. Identifica os regimes políticos que Roma conheceu.
  8. Faz a correspondência entre os elementos das colunas A e B (usa os números da coluna A em B).


A
B

1.   Imperador
2.   Ordem senatorial
3.   Ordem equestre
4.   Plebe
5.   Libertos
6.   Escravos
7.   Alforria
8.   Mobilidade social

·  Escravos que conseguiram obter a liberdade
·  População livre que se dedicava à agricultura, artesanato e comércio
·  Não tinham quaisquer direitos
·  Os seus membros tinham de possuir fortuna e cavalo
·  Documento que reconhece a liberdade de um escravo
·  Os seus membros eram os mais ricos e mais poderosos
·  Possibilidade de ascensão / alteração social
·  Principal cidadão, chefe político e militar




domingo, 22 de abril de 2012

Direito dos povos à autodeterminação - via pacífica e luta armada.


Pág. 143
1. (doc. 1)
a) Que princípios são reconhecidos a todos os povos nos documentos escritos?
Os dois documentos defendem o direito de cada povo a escolher a sua própria forma de governo e o exercício desse governo aos que foram oprimidos pela força, o direito desses povos a decidir o seu futuro e o exercício desse direito.
b) Como é que a ONU contribuiu para a independência das colónias europeias?
• A ONU, ao exigir o respeito pelos povos colonizados e o seu direito à autodeterminação, à independência, à liberdade e à igualdade veio consciencializá-los para os seus direitos, fazendo-os lutar por eles.
c) O que entendes por autodeterminação?
A autodeterminação é o direito de se escolher livremente a forma de governo.
 2. (docs. 2 e 3)
a) Que diferenças encontras nas atitudes entre as imagens dos docs. 2 e 3?
A imagem referente ao documento 2 revela um homem que acredita na via pacífica, revelando ele próprio uma figura gentil, enquanto o documento 3 mostra exatamente o contrário, expondo a luta armada.
b) Em que divergem as opiniões sobre a descolonização dos autores dos documentos (doc. 3)?
Ghandi acreditava na não-violência e na resistência passiva como forma de luta, enquanto o general vietnamita apenas aceita a luta armada como meio de deter e expulsar o inimigo.
3. (doc. 4)
a) Quais eram as principais áreas geográficas dominadas pelos europeus após a 2.ª Guerra Mundial?
A dominação colonial europeia concentrava-se principalmente em África, na India e sudeste asiático.
b) Que país europeu possuía maior número de colónias?
A França era o país que mais colónias possuía nesta altura.
c) Que colónias fizeram uso da luta armada para alcançarem a independência?
Marrocos, Tunísia, Sudão, Angola, Moçambique, Índia, Birmânia, Filipinas e Singapura.

A "guerra fria"




Pág. 141
1. (doc. 1)
a) Quais foram os principais conflitos da Guerra Fria?
Os principais conflitos da guerra fria foram: o bloqueio de Berlim, a guerra da Coreia e a crise dos mísseis de Cuba.
b) Qual dos conflitos evidenciados nos mapas consideras mais grave no contexto da Guerra Fria? Porquê?
A crise dos mísseis de Cuba terá sido o incidente mais grave, pois nunca a paz terá sido tão frágil quanto na altura em que o presidente norte americano fez um ultimato à URSS para que esta retirasse os mísseis de Cuba.
c) Em que medida a Guerra Fria contribuiu para a corrida aos armamentos? Que tipo de armas se desenvolveram?
Cada uma das potências procurou armar-se poderosamente de modo a poder dissuadir o adversário de a atacar – era o equilíbrio pelo terror, em que cada uma sabia que o adversário possuía armamento nuclear para destruir o Mundo várias vezes.

Pág. 139 - Plano Marshall e criação dos blocos capitalista e comunista.


1. (doc. 1 e 2)
a) O que foi o Plano Marshall (doc. 1)?
Plano Marshall consistiu na ajuda que os americanos ofereceram, em 1947, à Europa Ocidental, para que esta se pudesse reconstruir após a II G.M.. Com este plano, os americanos pretendiam:
• ajudar na reconstrução das indústrias e na reativação do comércio europeus;
• reafirmar a posição dos EUA como superpotência;
• impedir a expansão do comunismo e a influência soviética na Europa debilitada pela guerra.

b) Que países da Europa mais beneficiaram com o Plano Marshall (doc. 1A)?
Grã-Bretanha, França, Itália, R.F.A., Holanda, Grécia, Áustria, Bélgica, Dinamarca e Noruega.

c) Por que razão se formou o COMECON (doc. 2A)?
O COMECON — Conselho de Ajuda Económica Mútua, criado por Estaline, em 1949 para ajudar financeiramente os países da Europa de Leste a recuperarem da destruição provocada pela guerra.
d) Em que consistiu o Pacto de Varsóvia (doc. 2B)?
A URSS criou, em 1955, o Pacto de Varsóvia, reunindo os países da Europa de Leste afetos ao comunismo soviético, em resposta à criação da NATO pelos EUA.

e) Como se explica a formação de dois blocos político-militares após a 2.ª Guerra Mundial (docs. 1 e 2)?
No fim da guerra, as diferenças que sempre tinham separado estes dois países – URSS e EUA – voltaram a reafirmar-se com posições de força por parte de cada potência, criando-se dois blocos político-militares antagónicos liderados por cada uma delas.


2. (doc. 3)

a) Que alianças político-militares se formaram na Europa no pós-guerra? Que países lideraram essas alianças?
Formaram-se A NATO e O Pacto de Varsóvia, liderados pelos EUA e pela URSS, respetivamente.

b) Onde se situava a “cortina de ferro”?
A “cortina de ferro “seria uma divisão imaginária, que separava a Europa de Leste, afeta ao comunismo soviético e a Europa Ocidental capitalista, integrada na Nato e liderada pelos EUA.

c) O que nos revela o cartaz sobre as rivalidades internacionais?
O cartaz mostra o avanço do comunismo como se este fosse um verdadeiro assassino a apoderar-se dos países por onde passava – a França seria o próximo alvo, já que o Partido Comunista francês se encontrava muito ativo.