terça-feira, 27 de novembro de 2012

As Civilizações dos Grandes Rios


 
As Civilizações dos Grandes Rios
 

As quatro primeiras grandes civilizações situaram-se junto a grandes rios. Foram elas:

·       Civilização Suméria – entre os rios Tigre e Eufrates.

·       Civilização Egípcia – junto ao rio Nilo.

·       Civilização do Vale do Indo – junto ao rio Indo – atual Índia

·       Civilização do Vale do rio Amarelo – junto ao rio Amarelo – atual China

 

As primeiras civilizações surgiram há cerca de 6 mil anos, na região do Crescente Fértil, no Próximo Oriente – foram as civilizações Suméria e Egípcia.


 

O aumento da produtividade agrícola, devido à melhoria das técnicas agrícolas e dos instrumentos - com a invenção da metalurgia - levou ao aumento dos excedentes, o que desenvolveu o comércio e contribuiu para a estratificação social – já que nem toda a gente se dedicava já à agricultura, dedicando-se agora  a outras atividades, como o artesanato, a guerra, a religião.

O trabalho dos metais


 

Verificou-se a chamada Revolução Urbana, em que as aldeias cresceram e se transformaram em cidades, dando origem aos primeiros Estados organizados.
      O desenvolvimento do comércio tornou indispensável organizar as comunidades, levando à necessidade de inventar uma forma de registo – surgiu a escrita – que constituiu um dos maiores progressos da Humanidade.



 
 

A metalurgia

          A metalurgia foi uma inovação que contribuiu muito para o desenvolvimento das comunidades. A fundição dos metais através do calor dos fornos, possibilitou o fabrico de instrumentos e armas mais resistentes e eficazes.

 
A invenção da escrita

        Os Sumérios foram os inventores da mais antiga forma de cálculo e de escrita – a escrita cuneiforme – os símbolos desta escrita eram em forma de cunha e gravados em pequenas placas de argila – por isso se diz que foi na Suméria que nasceu a História.

 

 
A Civilização Egípcia
         O Egipto situa-se no nordeste africano, no Mediterrâneo Oriental. O rio Nilo atravessa-o, de Sul para norte, desaguando no Mediterrâneo em forma de delta. Sem o Nilo o Egipto seria um deserto, já que é limitado, a ocidente, pelo deserto da Líbia, e a oriente, pelo deserto da Arábia.
            O rio Nilo fornecia água para consumo e irrigação, peixe, servia de canal de comunicação e ainda área de caça. Por tudo isto, o Egipto é um dom do Nilo. Este rio era adorado como deus.

 

Atividades económicas
 
O Egipto é uma economia agrária, já que as principais atividades económicas eram a agricultura (cereais, vinha, legumes e frutos) e a criação de gado. O papiro servia para o fabrico de barcos, cordas, tecidos e suporte de escrita.
As atividades artesanais (tecelagem, metalurgia, cerâmica, vidraria, joalharia, ourivesaria, construção naval, etc.) também tiveram muita importância.
Os excedentes agrícolas e artesanais eram exportados para a Fenícia.

 

A Religião
 Os Egípcios eram politeístas (adoravam vários deuses).
O faraó tinha um poder sacralizado, pois era considerado um deus vivo – tinha poder absoluto. O Egipto era um estado teocrático.
O faraó detinha todos os poderes, governava o Egito, comandava o exército, chefiava os sacerdotes, administrava a justiça e o seu poder era incontestado e de origem divina. Tinha um poder sacralizado.
Máscara de ouro do faraó Tutancámon
Os Egípcios acreditavam na vida para além da morte e na reencarnação dos corpos, mas esta só acontecia se o corpo estivesse bem conservado, por isso embalsamavam e mumificavam os corpos.
Pirâmides de Gizé – pirâmides de Queóps, de Quefrén e de Miquerinos.
Pirâmides, mastabas e hipogeus são os tipos de túmulos do Egito.
A primeira pirâmide foi a de Djoser

 
A Sociedade
 
A sociedade egípcia era uma sociedade estratificada e hierarquizada.
         Cada grupo social ocupava um lugar determinado pela atividade que desempenhava, pela riqueza, poder e influência que tinha.
O faraó e família eram os mais importantes e poderosos; de seguida vinham os altos funcionários, escribas e sacerdotes, seguidos dos soldados. Os comerciantes, artesãos e camponeses vinham de seguida e, na base da pirâmide social, estavam os escravos.
 
Objetivos para o segundo teste
 











·        Conhecer as primeiras civilizações;
·        Relacionar a invenção da escrita com o fim da Pré-história;
·        Localizar no espaço e no tempo a Civilização Egípcia;
·        Compreender a economia egípcia, assim como a sociedade.
·        Conhecer a religião egípcia.


 
 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Meus ricos meninos:
Cá vai a hiperligação para a proposta de correção da ficha 8 do caderno de atividades - frente e verso.
Bom trabalho!

Guia 8

domingo, 28 de outubro de 2012

O Neolítico - As primeiras sociedades produtoras


As primeiras sociedades produtoras

 Há cerca de 12 mil anos verificaram-se alterações climáticas que favoreceram o desenvolvimento da agricultura e da domesticação de animais – a economia de produção.

Nesta fase – o Neolítico – em que os homens se tornaram agricultores e pastores, estes deixaram de ser nómadas e passaram a sedentários, pois tiveram necessidade de se fixar num lugar para poderem tomar conta das suas culturas e dos seus animais.

A região onde, primeiramente, se verificou a descoberta da agricultura e da pastorícia foi no Próximo Oriente, no chamado Crescente Fértil.



        Na região do Crescente Fértil, podemos ter a certeza de que o primeiro passo para a agricultura foi a fixação dos povos e a colheita de abundantes gramíneas selvagens. Uma das primeiras regiões de que temos conhecimento em que isso terá acontecido é Abu Hureya, na Síria. Há 11 500 a 10 000 anos atrás, os povos colhiam aqui um trigo espontâneo chamado Einkor, bem como cevada e centeio espontâneos.
                                                                              Richard Leakey, As origens do Homem


A Revolução Neolítica

 No Neolítico desenvolveram-se novos instrumentos e novas técnicas, como a pedra polida, a cerâmica, a tecelagem, a cestaria, a moagem, a utilização da roda.
 
Novas técnicas do Neolítico: moagem, cestaria e técnica da pedra polida
 
 

Surgiram também, nesta altura, os primeiros aldeamentos e as primeiras formas de diferenciação social.

 
Os primeiros aldeamentos
 A sedentarização e a melhoria das condições de vida levaram à construção dos primeiros aldeamentos, com casas próximas umas das outras, junto a grandes rios e bons pastos. As casas eram feitas com os materiais que havia nas regiões – pedra, madeira, argila ou tijolo e tinham os telhados cobertos com colmo.
Divisão do trabalho nos primeiros aldeamentos
 
A diferenciação social
        Nos aldeamentos do Neolítico, começou a surgir o conceito de riqueza e de propriedade privada, destacando-se os grupos privilegiados dos sacerdotes, guerreiros e feiticeiros. Desta forma, nascia a diferenciação social, com base no poder e na riqueza.
Os cultos agrários e as novas formas artísticas

As novas atividades deram origem a novas formas de culto e de arte: desenvolve-se o culto da deusa-mãe Natureza, associado à fecundidade, à fertilidade e ao culto dos mortos.
 
Para o culto dos mortos foram construídos os megálitos – grandes monumentos em pedra – menires, alinhamentos, cromeleques, antas ou dólmenes.
 
 
 
 
 

O Paleolítico - economia de caça e recoleção

A evolução do Homem



A Pré-História
O Paleolítico

     A Pré-história divide-se em 2 períodos:
  • O Paleolítico – ou Idade da Pedra Antiga ou pedra lascada
  • O Neolítico – ou Idade da Nova Pedra ou pedra polida
    A Hominização é o longo e lento processo de evolução física e intelectual do Homem, desde a sua fase primata até aos nossos dias.


                                 Etapas da evolução do Homem


Australopiteco


Homo Habilis


Homo Erectus



Homo Sapiens ou Homem de Neanderthal


Homo Sapiens Sapiens


2,5 milhões de anos


2 milhões de anos.


1,5 milhões de anos


200 mil anos


35 mil anos


Bipedia


Fabrico e utilização de instrumentos


Domínio do fogo


Desenvolvimento da inteligência


Fabrico de instrumentos mais sofisticados (lâminas, arpões, etc.)




Primeiros abrigos para habitar


Desenvolvimento da linguagem



Fabrico de instrumentos especializados


Primeiras manifestações artísticas






Instalação em grutas ou acampamentos ao ar livre


Primeiros enterramentos






















      
    



A passagem da Pré-História para a História deu-se com a invenção da escrita.







As primeiras conquistas do Homem
  • Verticalidade ou bipedia – o homem libertou as mãos da função locomotora e tornou-se bípede (deixou de ser quadrúpede). A mão servia agora para afastar obstáculos e fabricar instrumentos.
  • verificou-se também a oponibilidade do polegar, que permitiu uma maior capacidade de preensão (de agarrar).
  • O desenvolvimento da inteligência – com o aumento da capacidade craniana.
  • O desenvolvimento da linguagem articulada.
 
O domínio do fogo
O fogo trouxe muitas vantagens para a vida dos seres humanos, tais como:
·      Aquecer-se
·      Iluminar-se;
·      Cozinhar os alimentos;
·      Afastar os animais ferozes;
·      Aperfeiçoar o fabrico de instrumentos;
·      Comunicar.
·      sociabilizar à volta da fogueira
·      ajudar nas caçadas.
 
A utilização do fogo permitiu também o aumento da inteligência:
Com a cozedura dos alimentos, a mastigação tornou-se mais suave, levando à progressiva diminuição da mandíbula. Desta forma, ao diminuir a dentição ,aumenta o espaço do crânio, o que vai permitir o aumento da inteligência.
Por outro lado, as conversas do grupo, à volta da fogueira, também permitiram o estímulo e aumento da inteligência.
Técnicas de produção do fogo.
· Choque de duas pedras, desde que uma contenha minério de ferro (pirite).
· Fricção de dois paus de dureza diferente.

 
Materiais de que o homem se serviu para o fabrico de instrumentos:
Pedra, osso, madeira, chifres de animais.
Os instrumentos serviam para retalhar animais mortos, cortar, raspar.

 
 Instrumentos fabricados pelos primeiros hominídeos:
Seixos partidos, biface, machado, ponta de seta, agulha, arpão, ponta de lança.
 
A economia de caça e de recoleção
     Os hominídeos viviam do que conseguiam recolher na Natureza, por isso eram caçadores-recoletores.
     Recolhiam frutos, raízes, folhas, etc. e caçavam animais – primeiramente animais pequenos e, mais tarde – com o desenvolvimento dos instrumentos e da linguagem – animais de grande porte.
    Como precisava de se deslocar constantemente em busca de alimentos – já que esgotava as terras em que se ia fixando temporariamente – praticava o nomadismo, pois não tinha residência permanente.
    Desta forma, o modo de vida do Homem era, durante o Paleolítico, o de caçador-recoletor e nómada.
 
O alargamento das áreas habitadas
       Com a melhoria das condições de vida – devido ao uso sistemático do fogo, ao aumento da inteligência e ao fabrico de melhores instrumentos – a população aumentou e as regiões deixaram de poder sustentar tanta gente, obrigando o Homem a procurar novas terras. Desta forma, verificou-se a expansão do Homem para os outros continentes.




 
       Os ritos mágicos
           O homem do Paleolítico começou a preocupar-se com a vida e os fenómenos naturais, como o nascimento, a morte, as catástrofes naturais, passando a praticar ritos mágicos (gestos, rituais), com os quais eles achavam que poderiam dominar as forças da Natureza – pintavam os corpos, praticavam danças, sacrificavam animais e enterravam os seus mortos – tudo para tentar agradar aos deuses.



        Pode admitir-se que, a partir do momento em que começou a interrogar-se, o homem pré-histórico acreditou na sobrevivência para além da morte […]. É de crer que o caçador pré-histórico, ao depositar uma  azagaia ou outros utensílios junto do morto, tivesse a intenção de não deixar o seu semelhante partir desprevenido para o outro mundo.
                                                                               Marthe et Alain Marliac, La Préhistoire


 
 As manifestações artísticas
          O desenvolvimento da inteligência levou os seres humanos a produzir as primeiras formas de arte:
·       A arte móvel – pequenas estatuetas de mulheres, amuletos de pedra, madeira, osso ou marfim, com formas de animais
·       A arte rupestre – pinturas e gravuras feitas em rochas – ao ar livre ou em grutas.