Objetivos para o teste
1.
Localizar
no espaço e no tempo a origem do Cristianismo;
2.
Compreender
a mensagem cristã;3. Conhecer as condições de difusão do Cristianismo;
4. Caraterizar o Cristianismo;
5. Localizar no espaço e no tempo a Idade Média;
6. Identificar os povos bárbaros;
7. Compreender as consequências das invasões;
8. Conhecer o papel da igreja nesta época de crise;
9. Compreender a cristianização dos povos bárbaros;
10. Compreender o papel dos mosteiros e do clero;
11. Localizar no tempo as novas invasões;
12. Relacionar estas invasões com a ruralização da Europa;
13. Caracterizar a economia europeia desta época;
14. Compreender a sociedade medieval
15. Relacionar o feudalismo com o enfraquecimento do poder real.
O Cristianismo
Jesus Cristo
nasceu na Judeia, uma província do Império Romano, no tempo do imperador
Octávio César Augusto, fundando uma nova religião, a que se deu o nome de Cristianismo.
Esta nova religião teve um caráter universalista, pois
destinava-se a todos os povos.
A
mensagem de Cristo defende valores e princípios
verdadeiramente revolucionários, como:
— amor a
Deus e ao próximo (ideia de fraternidade);
— igualdade
de todos perante Deus;
— justiça;
— tolerância para
com outros povos e religiões;
— defesa da paz
entre os homens;
— crença na salvação
e na vida eterna.
Estas ideias iam contra a ordem
estabelecida pelos Romanos e Cristo foi considerado um agitador da população e
foi condenado à morte pelo governador romano Pôncio Pilatos, com 33 anos, tendo
sido crucificado no monte Calvário.
As condições que facilitaram a rápida difusão do
Cristianismo pelo Império foram:
— a insatisfação da
população, sobretudo os mais pobres, face às desigualdades sociais;
— a vasta rede de estradas
que facilitou a deslocação dos Apóstolos;
— a unidade linguística —
o latim era falado em todo o Império facilitando a comunicação;
— a existência de várias
comunidades judaicas que estavam recetivas a esta nova religião
monoteísta.
A Bíblia é o livro sagrado dos Cristãos e é composta pelos textos do Antigo e do Novo Testamentos.
A afirmação da nova religião
O Cristianismo começou por
ser perseguido. Os seus seguidores praticavam o culto às escondidas, nas suas
casas ou em catacumbas e as mensagens eram
transmitidas por códigos e símbolos secretos.
A nova religião agradou sobretudo aos mais pobres devido
à mensagem de igualdade e tolerância, mas mesmo
os grupos mais ricos começaram a interessar-se pelas ideias cristãs e
converteram-se.
- No ano 313, o imperador Constantino, através do Edicto de Milão, concedeu liberdade de culto a todas as religiões.
- Em 391, Teodósio publica o Edicto de Salónica, tornando o Cristianismo a religião oficial do Império.
A Idade Média
A Idade Média
teve início no ano 476, quando Roma foi invadida pelos Bárbaros e se deu o fim
do Império Romano do Ocidente. Este período da História durou cerca de mil
anos, pois só terminou com a queda do Império Romano do Oriente, em 1453.
Consequências das invasões
As invasões bárbaras levaram ao fim do Império Romano do
Ocidente e ao início da Idade Média – uma nova
época na História, em que diversos povos bárbaros ocuparam áreas do Império
Romano, formando reinos independentes. Alguns destes reinos deram origem aos
actuais Estados europeus.
O papel da Igreja católica
No
clima de desordem que se vivia então na Europa, a Igreja
Católica era a única instituição que continuava organizada e capaz de
apoiar a população. Os papas, os bispos e os monges
começaram a cristianizar os chefes bárbaros e a população. Muitos reis bárbaros
converteram-se ao Cristianismo tornando esta religião oficial e obrigatória nos
seus reinos.
A Igreja católica divide o seus religiosos em Clero regular - que segue uma regra e vive no isolamento do mosteiro - e clero secular, que se encontra junto das populações, nas aldeias e cidades.
Os monges
dedicavam-se à oração, ao ensino, à cópia de livros antigos, ao fabrico dos
seus utensílios, à agricultura e prestavam assistência aos pobres, doentes, peregrinos e às populações em geral.
Os monges e os mosteiros
desempenharam um papel fundamental na evangelização dos povos bárbaros.
O mosteiro deveria ser autossuficiente, de forma a possuir tudo quanto fosse necessário, todos os ofícios, para que os monges não tivessem necessidade de sair.
O mosteiro deveria ser autossuficiente, de forma a possuir tudo quanto fosse necessário, todos os ofícios, para que os monges não tivessem necessidade de sair.
Os mosteiros eram centros de vida cristã, polos de cultura e importantes focos de dinamização da economia, pois ensinavam à população novas técnicas agrícolas, contribuindo para a reconstrução económica das regiões da Europa.
Ao cristianizar o mundo bárbaro, num território politicamente dividido, a religião tornou-se um fator de unidade.
Ao cristianizar o mundo bárbaro, num território politicamente dividido, a religião tornou-se um fator de unidade.
As novas vagas de invasões
No século VIII, a Europa foi invadida pelos Muçulmanos, vindos do Norte de África.
A partir do século X, houve nova vaga
de invasões, desta vez, pelos Normandos ou Viquingues
e pelos Húngaros ou Magiares.
O clima de insegurança provocado pelas
invasões bárbaras agravou-se com a chegada de novos povos invasores: os Muçulmanos, os
Viquingues e os Húngaros.
Os Muçulmanos eram provenientes do Norte
de África e, nos séculos VII e VIII, atacaram a Península Ibérica, o Sul de França e a Península Itálica.
Entre os séculos VIII e IX, os Viquingues ou
Normandos, oriundos do Norte da Europa, atacaram os litorais
do Norte e do Ocidente da Europa.
Em finais do século IX, os Húngaros ou Magiares, provenientes
da Europa Oriental, invadiram o
Centro da europa.
Todas estas invasões causaram um clima de medo generalizado entre as populações, levando a população a procurar refúgio nas zonas rurais, abandonando as cidades.
Desta forma, o comércio e o artesanato entraram em decadência e a moeda deixou de circular, verificando-se uma ruralização da economia, passando a produzir-se apenas para consumo próprio e praticando-se uma economia de subsistência, que duraria até ao século XI.
Desta forma, o comércio e o artesanato entraram em decadência e a moeda deixou de circular, verificando-se uma ruralização da economia, passando a produzir-se apenas para consumo próprio e praticando-se uma economia de subsistência, que duraria até ao século XI.
A sociedade
medieval
A sociedade medieval, tripartida e hierarquizada, era pois, constituída por três grupos: o clero e a nobreza - os privilegiados - e o povo, que trabalhava nos domínios senhoriais. Cada um tinha uma determinada função a cumprir: o clero orava e garantia a proteção espiritual; a nobreza guerreira, lutava para defender a população e o povo trabalhava para alimentar todos.
O clero e a nobreza não pagavam impostos, recebiam rendas e tributos e administravam a justiça nos seus territórios, tendo leis e tribunais próprios.
Os domínios senhoriais ou senhorios - grandes propriedades que pertenciam a senhores da nobreza ou do clero - eram constituídos por duas partes: a reserva
e os mansos.
Na reserva , parte explorada diretamente pelo senhor, estavam as melhores terras e bosques, a casa senhorial, o moinho, o lagar e o forno
.
Os mansos - parcelas de terreno que o senhor entregava aos camponeses, uns livres, outros servis - estavam sujeitos a rendas e tributos, como corveias e banalidades.
Mas, as ligações de dependência também se estabeleceram entre os senhores
feudais, em que o vassalo jurava fidelidade e
obediência ao suserano, através do contrato de vassalagem, composto pela homenagem, juramento de fidelidade e investidura.
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