domingo, 13 de maio de 2012

Resumo para o 6.º teste de História


·       Compreender as causas da hegemonia americana no pós-2ª GM;

No pós-2ª GM, a Europa estava completamente arruinada e endividada. Assim, os EUA passaram a ter uma hegemonia quase absoluta tendo como adversária a URSS.

·       Conhecer o plano Marshall e os seus objectivos;

Plano Marshall consistiu na ajuda que os americanos ofereceram, em 1947, à Europa Ocidental, para que esta se pudesse reconstruir após a 2ª GM. Com este plano, os americanos pretendiam:

o   Ajudar na reconstrução das indústrias e na reactivação do comércio europeus;

o   Reafirmar a posição dos EUA como superpotência;

o   Impedir a expansão do comunismo e a influência soviética na Europa debilitada pela guerra.

·       Compreender a divisão do Mundo em 2 blocos antagónicos – NATO e Pacto de Varsóvia;

No fim da guerra, as diferenças que sempre tinham separado estes dois países – URSS e EUA – voltaram a reafirmar-se com posições de força por parte de cada potência, criando-se dois blocos político-militares antagónicos liderados por cada uma delas. Deste modo, o bloco ocidental capitalista era liderado pelos EUA e o bloco leste socialista era liderado pela URSS. Como ambos os países se queriam defender militarmente, criaram organizações com os países das suas áreas de influências. Os EUA criaram a NATO (1949) e a URSS criou o Pacto de Varsóvia (1955).

·       Conhecer a Guerra Fria e os seus principais episódios;

A guerra fria foi um período de tempo em que uma 3ª GM esteve eminente devido à competitividade hegemónica, ideológica e politica entre os EUA e a URSS. Os seus principais episódios foram:

    O Bloqueio de Berlim (1949): após a 2ª GM, a Alemanha e a cidade de Berlim foram divididas pelos 4 países vencedores (EUA, URSS, França e Inglaterra). Os 3 países liberais capitalistas (EUA, França e Inglaterra) uniram-se formando a RFA de modo a evitar o avanço do comunismo. Estaline, pensando que era uma ofensa, criou a RDA e fez um bloqueio a Berlim durante cerca de 1 ano, em que nada entrava ou saía por via terrestre de Berlim socialista. Os EUA, de modo a assegurar o abastecimento, fizeram uma ponte aérea a Berlim socialista.

    A Guerra da Coreia (1950-1953): a Coreia estava dividida em 2 partes: a Norte, a comunista e a sul, a capitalista. Em 1950, a Coreia do Norte (apoiada pela China e URSS) tentou invadir a Coreia do Sul (apoiada pelos EUA). Foi um dos episódios mais importantes, porque as super-potências poderiam começar uma guerra a distância, uma guerra nuclear.

    A crise dos mísseis em Cuba (1962): após a descoberta de mísseis americanos na Turquia, Nikita Kruschev mandou instalar uma base nuclear em Cuba, liderada pelo comunista Fidel Castro. Após a CIA ter fotografado essa base militar, o presidente Kennedy fez um ultimato à URSS: ou retirava os mísseis, ou atacaria Cuba. Nikita Kruschev aceitou retirar a sua base nuclear na condição de que os EUA fizessem o mesmo. Movido pelo facto de que ambos tinham poder para destruir o mundo varias vezes – equilíbrio pelo terror – assinaram um Pacto de não agressão nuclear, em Moscovo.

·       Conhecer os fatores que estiveram na origem de movimentos de libertação nacional e autodeterminação;

Os 3 grandes motivo para os movimentos de emancipação foram:

ß     O direito dos povos à autodeterminação e o desejo da ONU de liberdade;

ß     Perda da hegemonia das potências europeias que não conseguiram aguentar os movimentos de libertação colonial;

ß     Interesses da URSS e dos EUA em aumentar as suas áreas de influência.

·       Conhecer a via pacifica e a luta armada como modo de obter a autodeterminação;

A via pacifica consiste na existência de protesto não violentos, como a recusa de produtos ingleses na Índia. A luta armada e uma forma violenta de obter a independência, isto é, através de uma guerra.

·       Compreender os fatores que conduziram ao poderio americano do pós-guerra;

O grande poderio económico dos EUA deve-se a vários fatores, tais como:

*    O enorme crescimento demográfico;

*    Aumento do poder de compra com o pleno emprego;

*    Desenvolvimento comercial como novas técnicas de marketing;

*    Incremento tecnológico;

*    Riqueza em recursos naturais;

*    Dinamização da industria que levou à formação de sociedades multiculturais.

·       Compreender o “milagre japonês”;

No pós-guerra, o Japão era um país feudal, com técnicas rudimentares, e estava completamente devastado por causa da 2ª GM. No entanto, entre 1950 e 1973, o Japão teve um crescimento tão espectacular que foi chamado de “milagre japonês”. Em apenas 18 anos tornou-se a 2ª potência económica mundial. Para além da ajuda dos EUA, outros fatores explicam este “milagre”:

-    Mão-de-obra abundante, disciplinada, trabalhadora e instruída;

-    Estabilidade política e cooperação entre o Estado e as grandes empresas através de políticas proteccionistas;

-    Progressos tecnológicos nas áreas da robótica e da electrónica.

·       Compreender os objectivos, o nascimento e o crescimento da comunidade europeia;

Em 1957, com o Tratado de Roma nasce a CEE (comunidade económica europeia) com o objetivo de manter a Europa unida e permitir a livre circulação de pessoas, serviços e mercadorias. Inicialmente foi assinada por 6 países: Itália, França, RFA, Holanda, Bélgica e Luxemburgo.

Com o sucesso económico da CEE, outros países aderiram:

    Irlanda, Reino Unido e Dinamarca em 1973;

    Grécia em 1981;

    Espanha e Portugal em 1986;

    Suécia, Finlândia e Áustria em 1995;

    Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia, Republica Checa, Hungria, Eslovénia, Chipre, Malta em 2004;

    Roménia e Bulgária em 2007.

·       Conhecer os seus principais órgãos;

ß     Conselho Europeu (apresenta as orientações gerais da Comunidade);

ß     Parlamento Europeu (tem funções consultivas e legislativas);

ß     Comissão Europeia (executa decisões aprovadas pelo Conselho europeu);

ß     Tribunal de Justiça Europeu (controla a aplicação das leis comunitárias e julga os casos de litígio).

·       Compreender a recusa da democratização do regime salazarista;

Com a vitória das democracias na 2ª GM, Salazar foi pressionado pelos EUA e pela Inglaterra para acabar com a ditadura nacional. Desse modo, Salazar:

o   Dissolver a Assembleia Nacional e marcou eleições legislativas para 1945;

o   Libertou alguns presos políticos e condenou o regime nazi.

Estas medidas foram apenas uma fachada, visto que o regime continuou o mesmo de sempre.

·       Conhecer as tímidas tentativas da oposição democrática;

Em 1945 surgiu a MUD (movimento de unidade democrática) que pretendia concorrer as eleições legislativas, mas Salazar proibiu os comícios e reforçou a censura à imprensa que impossibilitou a propaganda do partido. Assim, o MUD desistiu e, com não tinham adversários, todos os antigos elementos da Assembleia Nacional foram eleitos.

Em 1949, houve eleições para a Presidência da República e o general Norton de Matos foi candidato pela oposição, mas acabou por desistir pelo incumprimento das exigências de eleições justas e fiscalizadas, sendo eleito o candidato do regime, general Carmona.

A maior oposição ao regime salazarista aconteceu em 1958 com a candidatura do general Humberto Delgado. Devido à sua grande popularidade os dirigentes fizeram uma repressão e fraude eleitoral, acabando por ganhar novamente um candidato do regime, almirante Américo Tomás.

·       Justificar o tardio desenvolvimento da economia portuguesa;

Em 1945, a economia nacional registava um atraso devido:

*    À agricultura ser a principal actividade económica do país, ter uma baixa produtividade devido ao uso de técnicas rudimentares;

*    À recusa do Plano Marshall por parte de Salazar;

*    Ausência de investimentos no país;

*    Escassa mão-de-obra qualificada e elevado nº de analfabetos, situação que agravou com a emigração e a guerra colonial.

·       Compreender o problema da emigração nos anos 60 e 70.

    Nos anos 60 e 70, muitos jovens portugueses emigraram em busca de melhores condições de vida ou em busca de um escape da guerra colonial. Esta situação agravou o sector económico que tinha ainda um nº menor de mão-de-obra.





A GUERRA COLONIAL (1961-74)

      Após a 2ª Grande Guerra, afirmou-se o movimento de descolonização. Na Ásia e, depois em África, as potências coloniais concederam a independência aos seus territórios ultramarinos.
      Portugal não o fez porque considerava que o país não possuía colónias mas sim províncias e que, portanto, não era necessário torná-las independentes.
      Em consequência formaram-se nas colónias portuguesas movimentos de autonomia que, através da luta armada, contestavam a presença portuguesa no território (em Angola, na Guiné e em Moçambique) e desencadearam acções de guerrilha.
      Do confronto entre 1961 e 1974, resultaram cerca de 10 mil mortos ( de 900 mil mobilizados), elevado número de deficientes e prejuízos económicos consideráveis.



A PRIMAVERA MARCELISTA E A LIBERALIZAÇÃO FRACASSADA.

      Em 1968, por incapacidade de Salazar, Marcelo Caetano foi nomeado chefe de governo, criando uma grande expetativa entre os portugueses, que esperavam a resolução de dois grandes problemas: a questão da guerra colonial e a restauração das liberdades democráticas.
      Marcelo Caetano introduziu algumas alterações a fim de efectuar uma "renovação na continuidade": extinguiu a PIDE e criou a Direcção Geral de Segurança (DGS), apesar de as pessoas e dos métodos não terem mudado; "aligeirou" a acção da censura, permitindo também o regresso de alguns exilados políticos. Foi a chamada "Primavera Marcelista", uma fraca liberalização que não agradou a ninguém por ser insuficiente e não ter resolvidos os problemas da nação.








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