sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Império Inglês


            Os Ingleses iniciaram a sua expansão marítima através de acções de pirataria contra os barcos ibéricos, conquistando algumas possessões na Índia e nas Antilhas. Fundaram também companhias, bancos e bolsa de valores.
            A publicação do Acto de Navegação por Olivier Cromwell (1651) possibilitou a ascensão da Inglaterra a primeira potência marítima. Esta lei proibia os navios estrangeiros de transportarem os produtos coloniais ingleses, o que permitiu a criação de uma poderosa frota marítima inglesa. Londres torna-se no novo centro da economia-mundo na segunda metade do século XVII.

O Império Holandês


            A Holanda progrediu graças a um forte dinamismo comercial e financeiro; grande desenvolvimento da construção naval, da agricultura e das actividades manufactureiras; espírito de tolerância política e religiosa, que favoreceu o investimento estrangeiro no seu território, nomeadamente de judeus.
            Fundaram a Companhia das Índias Ocidentais (1601] e a Companhia das Índias Orientais [1621), criaram o Banco de Amesterdão (1609) e a Bolsa de valores, tornando-se o centro da economia-mundo na primeira metade do século XVII.

Ascensão económica e colonial da Europa do Norte



A derrota da Espanha, na “Armada Invencível” (1588), contra os Ingleses e em outras guerras, acabou com a sua supremacia em finais do século XVI, quando os países da Europa do Norte começaram a defender a teoria do Mare Liberum, ou seja, a liberdade de todos os povos navegarem nos mares. Holandeses, Ingleses e Franceses começaram por desenvolver uma forte pirataria contra os Portugueses e Espanhóis, conquistando muitas das suas possessões.
A Holanda, a Inglaterra e a França tiveram um forte desenvolvimento comercial através da fundação de companhias de comércio, bancos e bolsas de valores, criando-se assim o capitalismo comercial e a acumulação de capitais pela procura incessante de lucros.
Desta forma, estes três países tornam-se os principais impérios coloniais dos séculos XVII e XVIII.

A União Ibérica e o apogeu do Império Espanhol



              D. Sebastião desapareceu na Batalha de Alcácer Quibir, no Norte de África, em 1578, sem deixar descendentes. Após a subida ao trono do cardeal D. Henrique, que morreu em 1580, surgiu uma crise dinástica, em que se perfilaram três candidatos ao trono português, todos netos de D. Manuel I:
·        D. Catarina, duquesa de Bragança;
·        D. António, prior do Crato, apoiado pelas classes populares;
·        Filipe II, rei de Espanha, apoiado pela nobreza e a burguesia.
Filipe II de Espanha, pela força das armas acaba por ser aclamado rei de Portugal (Filipe I de Portugal), nas Cortes de Tomar, em 1581, em que prometeu manter a soberania de Portugal, estabelecendo uma união dinástica, em que os reinos ibéricos passaram a estar sob a mesma Coroa, mas Portugal mantinha a sua autonomia, leis, costumes e liberdades.
              Era o apogeu do Império Espanhol, dominando o comércio de produtos orientais e dos metais preciosos.

A disputa dos mares e a afirmação do capitalismo comercial


A crise do Império Português do Oriente

            Em meados do século XVI, o Império Português do Oriente começou a sofrer a decadência do comércio das especiarias, que se ficou a dever a vários factores:
·        Concorrência comercial de Holandeses, Ingleses e Franceses através da pirataria aos nossos barcos e possessões;
·        Recuperação das rotas do Levante pelos Muçulmanos;
·        Dificuldade de administração de um império tão vasto, disperso e longínquo, com uma escassa população e com fracos recursos financeiros;
·        Administração corrupta, com funcionários que procuravam o enriquecimento pessoal à custa dos negócios do reino.
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            Portugal acabou por perder o monopólio do comércio das especiarias.